sábado, 21 de agosto de 2010

I am alone here


I am alone here
The sky has no messages for me
I am waiting for nothing
No one cares of me
Over here i am walking alone
The universe is silence
The ocean is so wide and deep
My heart is so sorrow
Because of being far from you my beatifull land of East Timor.

I wanna cry to the sky
But it has no voice for me
I wanna look for something good for my life
But it seems that life itself is far from me.

I am sitting here in this place
Looking thorough the sky and the ocean
While my imagination is flying back to the moment
That I lived with those who I love in my life.


Oh, the sky and the ocean
I am alone here
Missing my land of crocodile!

- The poem is written by Hercus Santos
In Braga, 22-08-2010

- Photo was taken by me in Lisbon, 14-07-2009



Pombo branco
pombo da minha vida
és minha esperança
e meu caminho.

Pombo branco
pombo ideal meu
és tudo que quero
nesta vida.

Pombo branco porque estás em silêncio?
porque não me dizes nada?
serás que ainda me esperas?
ou tu já estás voar longe de mim?



Pombo branco
pombo do coração
se queres voar longe de mim
é a tua liberdade
porque eu vou te apoiar nessa tua vontade.

Vais voar! estou te a pedir
porque eu vou te deixar
e não vou te sonhar mais
pombo branco
pombo da minha vida.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010



As escadas ligam algo em baixo e algo em cima.
Por isso quando estamos em cima não nos podemos pensar que isso vai manter para sempre e quando estamos em baixo também nós não podemos pensar do mesmo modo. Porque as escadas são construídas para ligar duas coisas. Como no mundo ninguém está sempre em cima e ninguém está sempre em baixo. Porque se estamos em baixo, precisamos pensar que um dia vamos estar em cima. O que é preciso é acção. Mexer-se! Se estamos em cima, precisamos pensar que não vale a pena ser arrogantes porque um dia o tempo muda e as coisas mudam podemos cair depois.

Estamos a viver no mundo como nós andássemos pelas escadas.
Algumas vezes é para subir e outras vezes é para descer. 




Ohin ha’u lahatene atu halo saída.
Ohin hanesan baibain,
Hanesan horisehik no karik sei hanesan aban
Moris ne’e la’o no halai
Hanesan balada ne’ebé maka hamrook
Halai buka bee-matan iha foho tutun sira-ne’ebá
Ha’u iha moris ida-ne’e buka ksolok ida-ne’ebé maka lori ha’u isin no klamar hakmatek
No ohin ha’u la’o buka hela moris ida hanesan ne’e iha ema nia rain
Maibé susar tebes tanba iha ema nia rain ha’u hanesan ema fuik
La iha maluk, la iha belun, la iha ema ruma ne’ebé maka ha’u bele tau fiar
Lori hakat liu susar oioin ne’ebé maka mosu iha rai liur ne’e.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Eu estava a treinar Brazilian Jiujutsu (Cleber Jiujutsu do Porto), ainda falta muitos outros alunos que não estão na fotografia. Foto em Timor

Aikido em Timor-Leste

http://www.nippon-kan.org/senseis_articles/08/east_timor_travel_log/east-timor_travel_log.html

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estou a pensar sobre possibilidades em mudar curso de direito para o curso de antropologia.  Então porque é que estou a pensar a mudar do curso? 




Eu vou responder de uma forma livre. Não por nenhuma ordem alfabética, cronológica nem por causa da importância. Mas estou a responder conforme as coisas surgem automaticamente na minha cabeça.




Pronto, estou a pensar a mudar o curso de direito para o curso de antropologia porque eu já não passei o ano no curso de direito. Significa que para tirar o curso de direito eu preciso ficar estudar durante cinco anos. Mas mesmo assim  eu ainda não tenho certeza se eu vou passar sempre as cadeiras durante próximo cinco anos. Eu gosto muito do direito mas eu não tenho nenhuma base nessa área. Todo é novo para mim. Por isso se falhar mais uma vez então eu perco logo a bolsa do governo timorense.

Agora porque é que estou a pensar estudar antropologia. Porque em vez de eu estar a tirar um licenciatura seria melhor faço um mestrado. Ainda por cima, eu tenho conhecimento prévio nessa área quando eu estava a estudar num colégio dos jesuítas em Balide-Dili. Aliás naquela altura eu tive sempre boas notas nessa área. O meu professor era Professor Romeu que actualmente exerce cargo como chefe bancada do CNRT no Parlamento Nacional de Timor-Leste. Eu não tenho nenhuma dúvida para dizer que eu era bom aluno nessa área. Mais do que eu era o aluno mais confiante daquele professor. Além disso se eu fazer mestrado em antropologia, eu posso escrever coisas sobre cultura de Timor. Eu tenho contactos com os anciões da minha terra, os lia-nain, os dato, os liurai, as pessoas sábios da minha terra que no fundo eles todos são os meus familiares que eu tenho respeito deles e eles também têm respeito por mim e eu falo sempre com eles no meu tempo livre. Por isso eu conheço muitas histórias, culturas e costumes dentro da minha comunidade. Então isso será vantajoso no meu processo de elaboração da tese.

Eu sei que se um timorense conseguir tirar curso de direito cá em Portugal, ele vai ter uma boa vida no futuro em Timor, ou seja ele vai ganhar bem. Mas estou eu a pensar mais profundo, o que significa ganhar bem? Qual é o mais importante na vida ganhar bem ou viver feliz? Pois afinal na vida é importante viver feliz na vida. A riqueza não garante nada para uma pessoa possa viver feliz e até a riqueza possa levar uma pessoa viver mal na vida. O que é que garante para uma pessoa viver feliz na vida é fazer aquilo que ela gosta mais na vida; ajudar a sociedade onde ela está integrada; auto-realização; fazer algo que traz auto-satisfação, ajuda auto-estima; algo que ajuda ela evoluir fisicamente e psicologicamente.


















Para mim todos os cursos têm a sua relevância numa sociedade. Por isso se eu puder fazer mestrado em antropologia seria melhor porque eu também gosto das coisas de cultura; gosto da antropologia; eu posso estar cá em Portugal só durante dois anos; eu posso ir ao Timor depois de um ano do estudo. Eu posso escrever coisas sobre a minha cultura porque a minha comunidade é muito rica da cultura; tem muitas coisas para pesquisar e para escrever e para relatar; eu posso ajudar pessoas que têm interesse em fazer pesquisa na área de antropologia em Timor. Pois eu já ajudei explicar coisas da minha cultura para algumas pessoas que foram lá a fazer pesquisa. Eu já ajudei muitas outras pessoas que escrevem coisas sobre Timor. Além disso eu posso ensinar na Universidade Nacional de Timor Lorosae. Eu não tenho nenhuma dúvida para dizer isso. Porque Universidade Nacional de Timor Lorosae precisa professores nessa área.  Eu tenho muita certeza que com mestrado em antropologia eu posso ter futuro em Timor-Leste. Por isso se eu puder fazer mestrado em antropologia seria melhor. 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Hoje a tarde eu fui a missa na Catedral Sé de Braga. Eu fui lá sem ter intenção de participar na eucaristia. Eu só queria ir lá para rezar e aproveitar sair da residência. Porque eu estou sempre a ficar na residência e hoje eu já não consegui aguentar mais e então eu dicidi para sair andar um pouco a volta do centro de Braga. Eu fui dar uma vista aos olhos na avenida central de Braga e encontrei muita gente. Encontrei muitos estrangeiros de fora. Eu reconheci os espanhois, alemães, franceses, ingleses, japoneses e africanos. Quando cheguei na Catedral, estavam algumas pessoas a rezar. Depois de algum momento chegou uma senhora a dirigir rezar o terço. Eu aproveitei também para rezar o terço. As vezes eu rezo o terço dentro do meu quarto mas eu rezo um pouco diferente do custome. Eu simplesmente rezo so ave-maria até o fim e hoje eu rezei como o normal. Então depois de rezar o terço um padre veio rezar a missa. É bom seguir a missa. Porque ontem eu não tinha ido participar a missa na igreja São Andrião. Na missa houve só pessoas idosos. Eu era o único rapaz e mais uma menina esponhola julgo eu. Pelos vistos eu acho que era espanhola mas eu não tenho certeza. Mas eu só vi a menina só no momento da comunhão. Eu fiquei suprendido quando vi derrepente ela já estava atrás de mim ir comungar. Desde eu cheguei não a vi. Senti-me estranho.

Eu fui comungar e voltei a rezar. Eu fiz uma oração simplés só. Eu pedi Senhor Jesus Cristo na hóstia sagrada para ajudar-me saber falar e calar no momento certo. Só isso o meu pedido, mais nada. Porque há muitas palavras desnecessárias que sairam na minha boca e eu muitas vezes não sei estar calado. Então eu preciso de fazer uma mudança da minha vida. Por isso desde logo eu peço para o Senhor me ajude saber falar e calar. Depois da missa eu voltei para residência. Eu senti-me alegria apesar de eu estar cansado porque eu fui e depois voltei só a pé.  Hoje o meu corpo está cansado mas a minha alma está com alegria e paz.


NB: A foto retirada do google (Catedral Sé de Braga)

Ohin ha'u hakarak sai
Lao ba fatin ruma, importante maka ha'u sai husi  ne'e
Ha'u lakoi hela de'it iha rezidénsia nia laran ne'ebé maka badin loos
Ha'u presiza sai hola netik ar foun ruma iha dalan-dalan sira ne'ebá
Ha'u presiza hola netik inspirasaun ruma husi natureza nia kmo'ok
Tanba ha'u presiza hanoin foun
Ha'u presiza hakat foun
Ha'u presiza define hikas ha'u-nia moris
Ha'u presiza buka atu hatene loos ha'u-nia hakarak ne'e saida loos iha moris ida-ne'e
Ha'u hatene katak agora daudaun ha'u iha-ne'e
Ha'u iha Portugal maibé ha'u iha-ne'e lori halo saida loos?
Ha'u iha-ne'e tanbasá?
Ha'u iha-ne'e to'o bainhira?
Bainhira ha'u fila husi-ne'e ha'u sei lori buat ruma ne'ebé maka ha'u hakarak ka lae?
Ou katak ha'u sei hetan duni buat ruma di'ak ba ha'u-nia moris, ba ha'u-nia familia no ba ema seluk?
Depois bainhira ha'u iha-ne'e atu bá ne'ebé?
Ha'u iha pergunta barak tebes ne'ebé mosu iha ha'u-nia hanoin
Ha'u iha laran tauk lori haree ba futuru
Ou sekarik ha'u halo pergunta badak ida ha'u sei halo hanesan ho pergunta ema filósofu sira halo beibeik ona.
Pergunta hanesan iha moris ne'e ha'u mai husi ne'ebé, ha'u halo saida no ha'u ba ne'ebé?
Pergunta hirak ne'e difisil atu hatan, difisil atu fó resposta ida-ne'ebé maka bele halo ha'u-nia laran satisfeitu Maibé tuir loloos pergunta hirak ne'e maka ha'u presiza atu hatan. Agora hatan oinsá? ida-ne'e maka ha'u presiza atu buka hatene. Tanba ne'e buat ne'ebé maka ha'u presiza atu halo ohin loron nian maka reza, reflete, tetu buat hotu-hotu lori foti desizaun ida, lori foti dalan ida. Desizaun ou dalan ida-ne'ebé maka bele lori ksolok mai ha'u nia isin no klamar. Ha'u presiza hatene diadi'ak saida loos maka ha'u tenki halo agora tanba ne'e maka ha'u presiza hatene ha'u ne'e sé? Atu hatene ha'u ne'e sé maka ha'u presiza hatene ha'u ne'e mai husi ne'ebé ou katak hatene ha'u-nia passadu. Bainhira hatene ha'u-nia passadu maka ha'u bele hatene ha'u ne'e sé? Ho hatene ona ha'u ne'e sé? maka ha'u bele hatene ona define moris ohin loron nian no se ha'u konsege difine moris ohin loron nian entaun ha'u mos sei konsege define moris aban bainrua nian.

A foto retirada de http://malucoporjesus.wordpress.com/

domingo, 15 de agosto de 2010

Pátria - Xanana Gusmão

Pátria é, pois, o sol que deu o ser

Drama, poema, tempo e o espaço,

Das gerações que passam, forte laço

E as verdades que estamos a viver.

Pátria... é sepultura... é sofrer

De quem marca, co’a vida, um novo passo.

Ao povo, uma Pátria é, num traço simples...

Independência até morrer!

Do trabalho o berço, paz, tormento,

Pátria é a vida, orgulho, a aliança

Da alegria, do amor, do sentimento.

Pátria... é tradição, passado e herança!

O som da bala é... Pátria de momento!

Pátria é do futuro a esperança!

Pátria ... é do futuro a esperança !

Tirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Timor-Leste

Portuguese in East Timor...

Friday 24/3/2000


Summary:



Like all of Melanesia, Timor is an island of many languages. Tetum is the principal indigenous language of East Timor, and in particular, Tetum Praca, the creolised form of the language that evolved as the lingua franca for the Portuguese colonisers and the indigenous population over nearlyfour centuries.



In 1974,when the Portuguese decided to withdraw from East Timor, the Fretilin independence movement had already formulated its language policy: Portuguese was to be retained as the official language. Instead, the Indonesian invasion in 1975 brought Bahasa Indenosia, the language of Indonesia, a standardised variety of Malay, in which a whole generation of East Timorese was schooled.



Now East Timor's National Council of Timorese Resistance has decided to reinstate Portuguese as the official language.



Dr Geoffrey Hull is Director of the Linguistic Survey of East Timor at the University of Western Sydney. His Standard Tetum-English Dictionary was published last year by Allen & Unwin. He explains why Portuguese is the right choice for East Timor.



Details or Transcript:



Song: O Hele Lei



Jill Kitson: East Timorese refugees at the Puckapunyal Safe Haven in Victoria last year, singing a song of freedom in their mother tongue, Tetum.



Welcome to Lingua France. I'm Jill Kitson.



This week: independent East Timor's official language. Dr Geoffrey Hull on why Portuguese is the right choice.



Like all of Melanesia, Timor is an island of many languages. Fifteen indigenous languages are spoken in East Timor; three others are unique to West Timor. Four of East Timor's vernaculars were introduced from north-western Papua over 4,000 years ago. The other eleven belong to the Austronesian family and so are related to Malay and most of the languages of Indonesia, the Philippines and the Pacific. Tetum has long been the principal indigenous language of East Timor.



Early in the 16th century, Portuguese traders brought their language to East Timor. By 1642, the whole island was under Portuguese control. In 1651, the Dutch took over the Western half of the island. In East Timor, the Portuguese appointed a resident governor in 1703, and made Dili the colonial capital in 1769. The lingua franca for the colonisers and the indigenous population was Tetum, which absorbed many elements of Portuguese. The creolised form of the language that evolved was given the name Tetum Praca; praca is Portuguese for marketplace.



When the Portuguese eventually decided to withdraw from East Timor, in 1974, the Fretilin independence movement had already formulated its language policy: Portuguese was to be retained as the official language. Instead, the Indonesian invasion in 1975 brought Bahasa Indonesia, the language of Indonesia, a standardised variety of Malay. Indonesian was taught in schools. A whole generation of Timorese grew up without learning Portuguese. Yet, with independence, East Timor's National Council of Timorese Resistance has decided to reinstate Portuguese as the official language.



Geoffrey Hull is Director of the Linguistic Survey of East Timor at the University of Western Sydney. His Standard Tetum-English Dictionary was published last year. Here he is to answer the question: why Portuguese in East Timor?



Geoffrey Hull: When East Timor was under Indonesian occupation, Jakarta's imposition of Bahasa Indonesia as the official language of the so-called 27th Province seemed to many outsiders a sin against justice, though probably not a sin against nature or again commonsense. Indonesian was, after all, related to most of the territory's languages. Many foreigners even supposed that Tetum, the most widely spoken vernacular, was so closely akin to Indonesian that the two languages must be mutually intelligible. In any case, since East Timor was part of a wider region where Indonesian was the lingua franca, its imposition in the former Portuguese territory could hardly be faulted on practical grounds.



But when the Conselho Nacional da Resistencia Timorense or CNRT announced recently that the official language of independent East Timor will be Portuguese, there was a range of negative reactions in Australia, from puzzlement and incomprehension to irritation and scorn. East Timor has its own lingua franca, Tetum; why was this language not declared the official one? What was wrong with keeping official Indonesian, the language of the region and the one in which a whole generation of East Timorese had been educated? Why not indeed adopt English as the official language, given the proximity of Australia and the Australian role in the liberation and reconstruction of the nation, not to mention the enormous usefulness of English as the international language?



And of all the languages to declare official, why Portuguese? Yes, East Timor was a Portuguese territory before 1975 but wasn't Portuguese merely an imposed European language, spoken by white administrators, missionaries and a minority of the indigenous population? And after 24 years of Indonesian domination, surely Portuguese had been largely forgotten. Its sudden revival seemed not only anachronistic but foolishly impractical. So why on earth have Portuguese as the official language of East Timor?



Why indeed. The truth is that those in Australia or elsewhere who question the propriety and wisdom of the CNRT's decision, display a profound ignorance of East Timorese ethnology and culture. If we are to be good and respectful neighbours to East Timor, it's time for a bit of re-education.



Let's look at a few facts. First of all, Portuguese is not an insignificant language. It's the world's sixth biggest language in terms of numbers of speakers, being more widely used than French, German and Russian. Second, official Portuguese is hardly going to be an economic liability for East Timor when the country is planning to live largely off tourism. East Timor's Latinate architecture and way of life will enable it to be promoted as a little piece of the Mediterranean off the north-west coast of Australia. People who speak Portuguese can easily be taught Spanish, Italian and French, all important languages in international tourism. In tourist economies, knowledge of languages means employability and earning capacity.



Third, the Portuguese language is far from moribund in East Timor. That a quarter of the population can still speak it with some degree of fluency is something of a miracle, given the savage persecution of the language by the Indonesians for 24 years. Since Tetum and the other vernaculars are full of Portuguese words, sounds and structures, much of the Portuguese language is immediately comprehensible to Timorese who can't speak it. Portuguese is implicit in the vernaculars of East Timor. Given the right social circumstances, it doesn't take much to activate a language one already understands in part or full.



But we also need to see the Portuguese language in its Timorese context. One of the first facts that strikes the ethnologist or the linguist studying East Timor is that the Portuguese influence is so profound that it's now impossible to separate indigenous elements in the culture from European ones. In East Timor we are dealing with a hybrid culture, a creole society born of 400 years blending of blood, speech and customs. The Indonesians could never understand why East Timor rejected integration so stubbornly, why all their material improvements were received with indifference and ingratitude. This is because the colonial experiences of the Indonesians and the East Timorese were radically different.



The Indonesians had experienced Dutch integrationism. The Dutch, like the British, exploited their colonies economically but left the local languages, cultures and religions largely in place. In the East Indies the Dutch made little effort to spread their own language. Instead they learned Malay themselves and encouraged its use as a lingua franca. But the Portuguese, like their fellow Latins, the Spanish and the French, were avid assimilationists. Their aim was to convert their colonial subjects to the Catholic faith and to Portuguese language and culture. And in this objective they were quite successful, and not least through their policy of promoting intermarriage between the two races, something alien to Dutch apartheid.



Indonesia's attempt to integrate the East Timorese failed quite simply because this people had already been integrated into, and partly assimilated to, Portuguese civilisation, Jakarta's army did not invade a Portuguese 'colony' but an overseas province of Portugal. However backward the place may have been in material terms, East Timor was officially considered an integral part of Portugal, as integral as Lisbon or Coimbra, and Portuguese schoolchildren were taught that Tatamailau, south of Dili, was 'the highest mountain in Portugal.' Portugal's approach was to embrace the Timorese as fellow Portuguese.



This is not to gloss over the shortcomings of the Salazar-Caetano and earlier colonial regimes in East Timor. But if even the less Lusified Timorese preferred Portuguese to Indonesian rule, it was because Portuguese rule was generally minimalistic and laissez-faire. The governors ruled through local kings and chieftains whose ancestors had long since been honoured with baptism and Portuguese aristocratic titles. The Portuguese spread their religion and culture in East Timor, but traditional society carried on largely undisturbed. Portuguese rule in Timor was not sullied by massacres, arbitrary arrest and torture, the destruction of rural cultures, coerced conversions to a new religion, forced resettlement of populations, and plantations of privileged colonists. Indonesian rule was guilty of all this. Its most positive contribution was a material infrastructure which its Army spitefully destroyed when it was forced to withdraw last September.



Part of this infrastructure was an education system which allowed only Indonesian as the medium of instruction, and taught the alien history of Indonesia while totally neglecting East Timorese history and culture. The same Indonesian education that encouraged contempt for everything Portuguese still plays on the minds of certain Timorese youth, who, insecure in their own culture, are easily manipulated by irresponsible foreigners trying to promote English as the official language. A generation deprived of the unversalistic culture formerly taught in Portuguese schools and nurtured on Javanese materialism and narrow state ideology is hardly equipped to make mature value judgements about language. The Timorese civil and Church leaderships are acutely aware of this problem, and are now appealing to Portugal and Brazil for support in restoring Portuguese in the schools.



One great fear of the Timorese leadership is that their country will be gradually anglicised as the Philippines were after the Americans dislodged the Spaniards. Aware that their culture is Latinate, they are determined not to see East Timor turned into a cultural satellite of Australia, like Papua-New Guinea. They are well aware that English is a notorious killer, that Anglophone culture in Australia killed off hundreds of Aboriginal languages in less than 200 years, whereas after four centuries of Lusophone hegemony not one native dialect of East Timor has been lost.



It is this fear of invasive English that explains why, contrary to general expectations, the CNRT has not yet declared Tetum co-official with Portuguese. The Tetum language now has a standardised grammar and spelling. Its vocabulary has been expanded for modern use, and there is a growing literature in it. It could certainly fulfil the role of an official language for domestic purposes. The problem is, however, that the CNRT has before it

the example of countries like the Philippines and Malta. These were anglicised precisely by the American and British governments promoting the local vernaculars to co-official status and abolishing the old established languages, Spanish and Italian respectively. Whereas Tagalog had happily coexisted with Spanish, and Maltese was in a compatible partnership with Italian, neither Tagalog nor Maltese could compete with co-official English, the vehicle of an alien culture. Today the real language of education and higher culture in both the Philippines and Malta is English.



The Timorese leadership are anxious to avoid this fate for their country, and it would appear that their plan is to promote Tetum to co-official status only after Portuguese has been safely restored. Formerly official Indonesian, because of its negative associations, is being gradually phased out of local education and public life. However, for obvious geographical reasons, Indonesian, or Malay, as the CNRT have not incorrectly rechristened it, will always retain a presence in East Timor as a second language. There can similarly be no question that English will have a large presence in East Timor as a regional and international language. However it will not have any official status, since it has no authentic role in the national culture. Indonesian and English will be taught as foreign languages in the secondary schools of the future, and the main languages of the new National University of Timor will be Portuguese and English.



According to current plans, primary education will be through the medium of Portuguese. However, one does wonder how successful this will be, given that most school-age children and illiterate adults are not fluent in the language. It would seem sounder pedagogically to teach literacy through Tetum and the other 14 languages, with students learning Portuguese after learning to read and write their mother tongues. The question of language in education is certain to be a controversial one in East Timor over the coming years. A vernacular literacy program is possible but will need a great deal of planning and funding, given the large number of languages and dialects.



Jill Kitson: Geoffrey Hull. His Standard Tetum-English Dictionary is published by Allen & Unwin. And that's all for this edition of Lingua Franca.
 
It is taken from http://www.abc.net.au/rn/arts/ling/stories/s113139.htm

Language of East Timor

http://en.wikipedia.org/wiki/Languages_of_East_Timor

Conhece a Língua de Timor; Tetun?

http://en.wikipedia.org/wiki/Tetum_language

sábado, 14 de agosto de 2010

DECLARAÇÃO FINAL DA CONFERÊNCIA


“Primeiro Encontro sobre as Línguas Nacionais de Timor-Leste”

5-6 Agosto, 2010

Os participantes nesta Conferência:

1) Reconhecem o papel único que as línguas locais ou línguas maternas desempenham na definição da identidade e cultura dos leste-timorenses.



2) Afirmam o seu compromisso e vontade de ajudar o Governo e o Estado de Timor-Leste a respeitar as suas obrigações constitucionais de valorizar e desenvolver as línguas nacionais de Timor-Leste, através de:



a) Estabelecimento de Conselhos para a Promoção das Línguas Maternas para cada língua local, que funcionarão como guias e centros de informação para todas as pessoas que se interessem por cada uma destas línguas maternas;



b) Colaboração contínua com o Instituto Nacional de Linguística (INL) e outras autoridades relevantes para o desenvolvimento de materiais, incluindo dicionários, perfis linguísticos, material para alfabetização e documentação audiovisual/escrita das nossas línguas.



3) Apelam ao Governo de Timor-Leste que seja generoso e aumente adequadamente o seu apoio financeiro ao INL enquanto instituição responsável pela protecção e desenvolvimento das línguas de Timor-Leste, incluindo o desenvolvimento de ortografias padronizadas que possam também ser aplicadas para as restantes línguas maternas.



4) Pedem ao Governo de Timor-Leste que considere seriamente o papel das línguas maternas no nosso sistema educativo, principalmente na fase inicial do ensino básico, tendo em atenção os resultados obtidos pela experiência e as boas práticas internacionais que mostram que a língua materna é melhor para ajudar as crianças a desenvolverem as suas competências básicas de literacia.



5) Pedem ao Governo que crie um pacote para o desenvolvimento das línguas nacionais, incluindo um orçamento para a capacitação de recursos humanos.



6 de Agosto de 2010

Fonte: A declaração foi enviada para mim pela Mana Kirsty Sword Gusmão.

Um artigo sobre poder na sociedade tradicional de Timor pode-se ler aqui : 
http://info.worldbank.org/etools/docs/library/139608/finalreport.pdf

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Escritor nasceu em Cabezón de la Sal, Cantábria (Espanha), em 1929, é filho de pai português e mãe espanhola



O escritor Fernando Echevarría foi distinguido, por unanimidade, com o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores/Correios de Portugal (APE/CTT) 2009 pelo livro "Lugar de Estudo", anunciou hoje a organização. O júri do galardão - constituído por Armando Silva Carvalho, Maria João Reynaud e Sérgio Sousa - considerou que a obra representa “um momento singularmente alto de poesia portuguesa contemporânea". Instituído em 1980 pela APE, o Grande Prémio de Poesia é patrocinado pelo Correios de Portugal (CTT), tem o valor de 5.000 euros e é relativo ao ano de 2009.
"Os cerca 270 poemas inéditos que o compõem são a expressão vigorosa de uma arte poética que o título resume. A poesia é, para este autor, um lugar de estudo e de aperfeiçoamento do trabalho poético, o qual é também o lugar da língua", acrescenta o júri na acta.

"Lugar de Estudo" (2009) é editado pelas Edições Afrontamento.

Fernando Echevarría, recentemente distinguido com o Prémio Sophia de Mello Breyner Andresen pelo conjunto da obra, vence pela segunda vez - a primeira foi 1991 - o Grande Prémio de Poesia APE/CTT.

Nascido em Cabezón de la Sal, Cantábria (Espanha), em 1929, Fernando Echevarría é filho de pai português e mãe espanhola. Estudou Humanidades em Portugal, Filosofia e Teologia em Espanha.

Na sua vasta obra contam-se os livros "Entre Dois Anjos" (1956), "A Base e o Timbre" (1974), " Fenomenologia" (1984), "Uso da penumbra" (1995), "Epifanias" (2007) e "Obra Inacabada" (2007).

Entre outros galardões, recebeu também o Prémio de Poesia António Ramos Rosa (1998), o Prémio Luís Miguel Nava (1999), o Prémio D. Dinis (2007) e foi condecorado com a Ordem do Infante D. Henrique (2007).

Instituído em 1980 pela APE, o Grande Prémio de Poesia é patrocinado pelo Correios de Portugal (CTT), tem o valor de 5.000 euros e é relativo ao ano de 2009.

O artigo retirado de http://fabricadosblogues.blogspot.com/2010/08/grande-premio-de-poesia-para-fernando.html

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Iha kalan ne’e nia rohan


Iha kalan ne’e nia rohan

Ó-nia lalatak mai hamaluk ha’u

Ó isin ne’ebe la hafalun ho hena

Halimar iha ha’u-nia hanoin

Lori ha’u ba kaer lalehan nia kmanek.



Rona ema temi ó-nia naran

Ha’u-nia laran taridu

Bainhira haree ó

Ha’u-nia fuan tuku-tuku

Maibe ha’u-nia klamar hakmatek no ksolok.



Iha kalan ne’e nia rohan

Ó ha’u nian tomak.

Video: Amizade com crocodilo

http://gazetaweb.globo.com/v2/noticias/texto_completo.php?c=194693

Taize na Igreja São Tomas de Aquino em Lisboa

Eu estava com um amigo no Centro Universitário Padre Antonio Viera-Lisboa

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Programa CRUP/FUP de Cooperação com Timor Leste


Abertura de 1ª fase de manifestação de interesse para leccionar na UNTL

no 1º Semestre do Ano Lectivo de 2011

Data limite para recepção de respostas: 17 de Setembro de 2010


Encontre-se mais informações aqui:
http://www.fup.pt/files/noticias/pdf/56_pdf_edital___seleccao_docentes___1.__semestre_2011.pdf

domingo, 8 de agosto de 2010

"Conheça o inimigo e a si mesmo e você obterá a vitória sem qualquer perigo; conheça terreno e as condições da natureza, e você será sempre vitorioso." Por Sun Tzu.


http://www.suntzu.hpg.ig.com.br/cap0c.htm

sábado, 7 de agosto de 2010




ALOCUÇÃO DE SUA EXCELÊNCIA O PRIMEIRO-MINISTRO KAY RALA XANANA GUSMÃO POR OCASIÃO DO PRIMEIRO ENCONTRO SOBRE AS LÍNGUAS DE TIMOR-LESTE

Ministério dos Negócios Estrangeiros, Díli
5 de Agosto de 2010

Sua Excelência o Reitor da UNTL, Professor Doutor Benjamim Corte-Real
Exma. Senhora Presidente da Comissão Nacional da UNESCO em Timor-Leste, Presidente da Comissão Nacional de Educação e Chefe da Comissão Organizadora do Encontro, Sra. Kirsty Sword Gusmão
Exmo. Senhor Secretário de Estado da Cultura, Dr. Virgílio Smith
Membros da Comissão Organizadora do Encontro
Ilustres Convidados
Distintos Participantes
Senhoras e Senhores,

É com grande prazer que participo neste Primeiro Encontro sobre as Línguas de Timor-Leste, tendo-me sido concedida a honra de encetar este tão útil debate de ideias em torno do papel social, cultural e educativo que as Línguas de Timor-Leste, incluindo o Tétum, assumem na dinâmica da construção e do reforço da identidade e unidade nacionais.

E é pois, com enorme satisfação pessoal, que vejo que foram altamente produtivas as sinergias entre as partes envolvidas na organização deste encontro, dando assim voz, a um debate há muito aguardado pela sua necessidade e actualidade.

A todos aqueles que participaram na organização deste evento, nomeadamente a Comissão Nacional da UNESCO em Timor-Leste, o Instituto Nacional Linguístico, o Centro Cultural Timor Lorosa’e Nippon e a Secretaria de Estado da Cultura, os meus mais sinceros parabéns!

Aproveito igualmente o ensejo para congratular Sua Excelência o Presidente da República, o Exmo. Senhor Ministro da Educação e a Exma. Senhora Embaixadora da Boa Vontade para a Educação pela criação e lançamento do original “Concurso de escrita nas línguas de Timor-Leste”, com o nobre propósito de promover a produção literária nas línguas nacionais valorizando-se, desta feita, a nossa diversidade etnolinguística. Apelo portanto, à participação activa das comunidades nesta pioneira iniciativa, dando assim, viva expressão à nossa herança cultural.

Senhoras e Senhores,

Timor-Leste é uma jovem Nação ainda em processo de construção, onde muito ainda está por fazer sobretudo nos ditos sectores chave. De tal modo, que os objectivos deste Encontro reflectem claramente os propósitos e os desafios da nossa nação em matéria de educação, sendo que estou seguro de que o debate de ideias e partilha de experiências que daí advenha, se constituirá num passo significativo no desenvolvimento do sistema educativo e cultural do nosso País.

Senhoras e Senhores,

Em Timor-Leste existem “Muitas Línguas, Um só povo!”
Em Tétum diz-se “Dalen Oi-Oin, Povu Ida Deit!”
Em Mambae diz-se “Gase ahe ahe, atu gal id!”
Em Kemak diz-se “Dale abe abe, atamasa sia!”
Em Fataluku diz-se “Luku-lukun ze zene, marlauana ukani!”
Em Baikenu diz-se “Lasi huma huma, tob mése!”
Em Makasae diz-se “Sobu bau-baun, anu unai!”

As cerca de, pelo menos, 16 línguas coexistentes em Timor-Leste traduzem claramente a enorme complexidade do ambiente linguístico que se vive no nosso País, constituindo-se, desde logo, como parte integrante e fundamental da nossa herança cultural.

Cada uma destas línguas nacionais corresponde às necessidades quotidianas de comunicação dos seus falantes, sendo através destas, que a realidade é primeiramente entendida, conceptualizada e descrita.

É precisamente à luz desta diversidade etnolinguística, e no sentido de promover uma educação mais inclusiva e acautelar a discriminação dos seus falantes, que a própria Constituição de Timor-Leste estabelece que as Línguas nacionais, incluindo o Tétum, sejam valorizadas e desenvolvidas pelo Estado, sendo, ao mesmo tempo, objecto de protecção internacional por parte de organizações como a UNESCO.

A língua é inegavelmente um dos alicerces fundamentais para o progresso de qualquer nação.

E o Tétum, enquanto a língua mais falada no território, tem-se constituído ao longo da nossa história como um dos mais importantes factores de coesão nacional, tendo gradualmente vindo a ser desenvolvida, de forma a suprir todas as necessidades formais e informais de comunicação.

Aproveito pois, a ocasião para enaltecer os mais diversos contributos dos linguistas nacionais e internacionais (alguns dos quais estão hoje aqui presentes), no desenvolvimento do tétum e na sua veiculação, a par do português, como língua de ensino por excelência.

A tónica hoje recai sobre a actual utilidade em promover um mais amplo conhecimento público em torno do papel das línguas de Timor-Leste, simultaneamente nas suas facetas social, cultural e educativa, dando assim azo, a que as mesmas venham a ser convenientemente utilizadas no processo de fortalecimento da unidade e coesão nacionais.

Se, por um lado, é imperativo a salvaguarda e valorização das línguas de Timor-Leste, enquanto traço singular do nosso património cultural, por outro lado, é também relevante apurar de que forma estas poderão vir a ser utilizadas no desenvolvimento intelectual das nossas crianças e dos nossos jovens... Em prol de uma educação ao alcance de todas as meninas e meninos timorenses!

Estes dois dias são de reflexão, de discussão e de debate de ideias, sendo com enorme orgulho que contemplo, aqui reunido em torno da diversidade linguística timorense, um tão eloquente painel de individualidades.

E estou certo, que os contributos dos Especialistas da linguística, da educação, da cultura, incluindo os representantes de diversos grupos linguísticos, aqui presentes, farão deste pioneiro encontro um verdadeiro êxito!

Muito obrigado!

Kay Rala Xanana Gusmão
 
 
 
Retirado de http://umalulik.blogspot.com/2010/08/republica-democratica-de-timor-leste.html

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

http://www.blip.tv/file/2096000

Acredita que o ocupação estrangeira traz sofrimento para os indégenas?

Eu acredito e acho que toda a gente também.

Acredita que os estrangeiros influenciaram a cultura local?

Eu acredito e toda a gente também.

Pois se queremos ver sempre do lado negativo
Os positivos estão escondidos e até ignorantes.
Afinal a verdade é que a vida tem dois lados; positivo e negativo.
Mais do que isso temos que ver do parte do positivo para duplicar mais
e criar um mundo sem discriminação, sem guerra, sem violência, um mundo justo para todos os cidadãos
para que aquilo que Sócrates dizia: não sou nem ateniense, nem grego, mas sim um cidadão do mundo torna-se realidade e porque afinal somos simplesmente um cidadão do mundo. Somos iguais. Somos familiares uns aos outros deste grande casa: Mundo!

Obrigado.
Hercus

Língua Portuguesa em Timor, quo vadis?

Um dos versos do Fernando Pessoa muito bem conhecido em Timor é a Minha Pátria é a Língua Portuguesa. Não sei com que motivo o poeta Fernando Pessoa escreveu essa estrofe tão bonito e tão patriótico no seu tempo. Se calhar ele queria que todos os povos que falassem Língua Portuguesa como se fossem irmãos. Isso faz muito sentido enquanto antigamente Portugal considerava Timor, Macau, Angola, Moçambique, Guiné Bissau, Tomé e Príncipe, Cabo-Verde e Brasil como parte integrantes do seu território. Então se calhar ele tinha uma ideia de quem falava português tinha ligação especial com Portugal. A segunda ideia pode coincidir com o facto de existir uma Comunidade dos Países de Língua Portuguesa(CPLP) e oito estados que adoptam Língua Portuguesa como a sua língua oficial.

Timor depois da sua independência ou concretamente no momento em que se cria assembleia constituinte em 2002, o estatuto da Língua Portuguesa legalizou-se como língua oficial a par com a Língua Tetum na sua constituição(CRDTL Art. 13). Contudo o interesse de manter a Língua Portuguesa vem desde o tempo da resistência onde a Língua Portuguesa se transformou como um instrumento da unidade nacional e de identidade do povo timorense na luta contra ocupação indonésia e da cultura javanesa. Foi assim que a Indonésia com o seu presidente Soeharto considerava Língua Portuguesa como o inimigo para a integração de Timor para Indonésia. Então proibiu a utilização dessa língua durante vinte e tal anos. Durante esse tempo quem falasse Língua Portuguesa era considerado como criminoso contra o estado e a pena era a tortura com toda a crueldade e ou a morte.

A proibição da Língua Portuguesa faz com que a geração nova perdesse completamente o contacto. Quem sabe falar português é a geração antiga que foi educada antes de 25 de Abril de 1974. Quase ninguém fala português dentro da sociedade timorense. Ou seja podemos dizer que ninguém fala português fora das salas de aulas, em casa, na rua, nos escritórios públicos ou privados. Ainda por cima a maioria da população de Timor é jovem. Isso significa que a reintrodução da Língua Portuguesa é uma grande tarefa e ao mesmo tempo uma responsabilidade de todos nós. Quem que já esteve em Timor sabe melhor a nossa realidade.

Como um jovem timorense eu estou muito contente por ler no jornal Diário do Minho edição 22 de Janeiro que uma professora portuguesa se chama Joana Santos está a recolher livros para Timor-Leste. Isso é uma ideia muito excelente. Precisamos muito de livros para ajudar-nos a interiorizar a Língua Portuguesa. Sem dúvida Timor-Leste precisa muito dos livros em português. Temos que ajudar o sucesso desse projecto na forma como pudermos.

Além disso eu estou muito seguro e quase de certeza absoluta de que o intercâmbio cultural dos estudantes timorenses que estão a estudar Língua Portuguesa no país com outros jovens dos outros países de Língua Oficial Portuguesa é extremamente importante. Ou será muito mais importante se esses estudantes timorenses vieram estudar e aprender a Língua Portuguesa um ano num país onde se fala só português para se interiorizarem melhor o conhecimento da Língua Portuguesa antes de acabarem o curso. No outro lado os estudantes timorenses que já estão cá a estudar principalmente os que acabaram de chegar ou todos os que acham que precisam de um curso intensivo do português para o sucesso do seu estudo, a Universidade onde cada estudante timorense está inserido deve fazer os possíveis para melhorar o português desses estudantes. Para que esses estudantes possam usá-la na vida diária e depois eles possam ser instrumento muito eficaz no processo de reintrodução da Língua Portuguesa na comunidade timorense.

Eu tenho uma experiencia na qual em Timor eu era conhecido como o melhor jovem estudante do Departamento de Língua Portuguesa da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e. Quando eu cheguei aqui em Portugal no ano passado, eu tive muitas dificuldades em falar português. Sinto-me eu como se fosse o pior estudante que existe no mundo. Porque tudo aquilo que eu aprendi dentro da sala de aula não “bate” certa na vida real. Esta experiência faz com que eu chegasse numa conclusão que a Língua não é só as gramáticas dadas nas aulas mas mais do que isso ela é uma vida, um espaço, uma cultura, um tempo contínuo e permanente. A língua se aprende, falando. Com o tempo eu já estou melhorando, pouco a pouco.

Por isso estou grato também pela iniciativa de alguns professores como Professora Elisa Ribeira, Professor Nelson e Professor Márcio na qual estão a vender um livro intitulado “(Com)textos” e estão a tentar levar alguns colegas estudantes timorenses do Departamento de Língua Portuguesa da Universidade Nacional de Timor Lorosa’e para seguirem o curso de verão de Língua Portuguesa aqui em Portugal e para eles possam entrar em contacto com a língua diariamente. Essa iniciativa torna-se possível por intervenção muito importante da Embaixada de Portugal em Timor, Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis do Distrito de Aveiro e por muitos outros que contribuíam com a compra do livro para que, nós que temos a esperança que um dia cada timorense já pode dizer “a minha pátria é a Língua Portuguesa” como também a Língua Portuguesa fique interiorizada na mente dos timorenses e já se pode falar em público por todo o território do país do sol nascente.

Hercus Pereira dos Santos

Gema Puisi Kemanusiaan