quarta-feira, 1 de junho de 2011

As Rainhas de Timor





Entre 55 reinos antigos que existiam em Timor(alguns desses reinos agora fazem parte ao Timor Ocidental-Indonésia), havia 12 reinos que foram reinados por Rainhas baseando nesse documento com data 28 de Fevereiro de 1815. Estes reino são:
6.       Alas : Por Rainha Coronela D. Liberata da Costa

8.       Erimera?

9.       Samoas:  Por Rainha Coronela D. Guimar de Amal

17.   Bibleo : Por Rainha D. Mariana da Costa

18.   Luca: Por Rainha D. Ana do Amaral
25. Laclo: Por Rainha Coronela D. Rosa de Carceres
28. Dotte: Por Rainha D. Catharina de Carceres
32. Laycore: Por Rainha D. Ana do Rosário
34. Bibiluto: Por Rainha Coronel D. Isabel de Carvalho da Silva
35. Funar: Por Rainha Coronela D. Esperança dos Santos Pinto
36. Elaco: Por Rainha D. Vicente da Costa
47. Lavantuca: Rainha D. Lourença Gonçalves

Em Timor as casas sagradas é que dão legitimidade de reinar como Liurai (Rei) ou Dato (um grau honorífico logo abaixo do Rei). Existem duas casas sagradas importantes de Liurai e de Dato que são casas sagradas  de Rota e e Loro. O Liurai e o Dato cada sempre tem essas duas casas sagradas.

A casa sagrada de Rota com função para governar um reino ou um conjunto de população. A casa sagrada Loro com função de fazer ritual de casamento, da morte, mais outros rituais sagradas importantes da vida ou da morte.

Normalmente a legitimidade de reinar como Rei ou Dato além de ter legitimidade por possuir rota (símbolo de reinar) mas sobretudo por ter a casa sagrada Loro o poder sobrenatural muito forte e sagrado de todas as outras casas sagradas.

Eu conheço pelo menos uma casa sagrada Loro em que uma mulher a tomar responsabilidade de guardar as coisas sagradas da casa sagrada Loro ( essa mulher era a avó do meu pai). Ela guardava uma lulik liurai Manelima.

Muito, muito antigamente o reino de Funar reinava 8 sukus. Por influências exteriores alguns sukus deixaram de fazer parte para o reino de Funar. Mais tarde já no reinado de D. José do Espírito Santo (o avô materna da minha mãe) que separou Fatumakerek e entregar o ao seu sobrinho muito amado António de Oliveira a governar. Fatumakerek em si por causa da guerra no tempo da Indonésia eles separaram-se alguns foram viver em Soibada, outros em Seurtulan. Funar e Fatumakerek já são dois sukus diferentes mas culturalmente nós somos um só e somos unidos para sempre porque somos de um só sangue.

Por isso a minha conclusão é que quando se fala sobre a discriminação do poder político entre homens e mulheres em Timor-Leste deve ter um certo cuidado. Devemos procurar o porque isso existe. Não concordo que todos se falam e se referem só como a causa é a cultura.

Porque tenho quase uma certeza absoluta que a cultura original de Timor valoriza a igualdade entre homens e mulheres. Até dá mais uma certa protecção e privilégio para as mulheres.  Mas por várias razões a discriminação acontece hoje em dia por falta de educação, formação, informação, cultura invasor e por circunstâncias da vida. Por isso para combater esse tipo de discriminação acho que devemos voltar a nossa raiz cultura, fazer educação cívica por estado e organização não governamental e a Igreja Católica. 


1 comentário:

  1. Conheço bem Funar. Lá coloquei como professor Armindo Soares Mariano, quandoTimor era ocupado por Portugal.

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