terça-feira, 21 de dezembro de 2010

domingo, 19 de dezembro de 2010

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010


UM MINUTO DE SILÊNCIO


*Por Francisco Borja da Costa 
Em comemoração do dia da Independência de Timor-Leste 28 de Novembro





Calai
Montes
Vales e fontes
Regatos e ribeiros
Pedras dos caminhos
E ervas do chão,
Calai

Calai
Pássaros do ar
E ondas do mar
Ventos que sopram
Nas praias que sobram
De terras de ninguém,
Calai

Calai
Canas e bambus
Árvores e “ai-rús”
Palmeiras e capim
Na verdura sem fim
Do pequeno Timor,
Calai

Calai
Calai-vos e calemo-nos
POR UM MINUTO
É tempo de silêncio
No silêncio do tempo
Ao tempo de vida
Dos que perderam a vida
Pela Pátria
Pela Nação
Pelo Povo
Pela Nossa
Libertação
Calai – um minuto de silêncio…

*- Poeta, mártir e herói timorense

terça-feira, 23 de novembro de 2010

150 ANOS DA CRIAÇÃO DE DISTRITOS EM TIMOR

Este artigo foi tirado do Forum Haksesuk


ARTIGOS ESCOLHIDOS POR EDITORES FORUM-HAKSESUK, HOJE QUARTA-FEIRA, 27 DE OUTUBRO DE 2010
Ocorre este ano o centésimo quinquagésimo aniversário da organização administrativa do território do então Colónia de Timor. De facto, foi o então Governador Afonso de Castro (1858-1863) que, em 1860, depois de ter visitado grande parte dos reinos, decidiu iniciar em Timor uma organização de administração pública que mantivesse a unidade política no seio dos reinos, e, acabasse com as rivalidades entre os diversos reinos. Afonso de Castro enviou ao Governo de Lisboa um pedido para a aprovação da Portaria nº 58, de Agosto de 1860 que criava os distritos e a nomeação dos comandantes.

Ao longo dos séculos XVII, XVIII e na primeira metade do século XIX, os Timorenses viviam em pequenos reinos governados por chefes e datos.
.
Em 1702, o Governador António Coelho Guerreiro para ganhar a confiança dos régulos e garantir a fidelidade à coroa portuguesa, distribuiu a patente militar aos régulos mais proeminente. Mas não havia uma estrutura que regulasse a existência jurídica dos reinos e a sua ligação ou dependência com as autoridades a portuguesas. Os governadores exerciam o poder de cobrar os impostos (ou fintas9, o que suscitava muitas revoltas e contínuos levantamentos.

No dia 2 de Agosto de 1860, Afonso de castro publicou a Portaria que estabelece a existência de dez distritos. Logo no primeiro artigo lê-se: “ Os domínios portugueses na Ilha de Timor serão divididos em dez distritos compostos conformes o mapa junto e que faz parte integrante desta Portaria.

Os dez distritos eram assim constituídos:

·  1º Distrito – Cabeça do distrito, na Praça de Dili: Formado pelos reinos de Dili, Motael, Ulmera, Hera, Caimauc, Dailor, Failacor e Lacló.
·  2º Distrito – Cabeça do distrito no Presídio de Manatuto: abrangia os reinos de Lacore (Laicor), Manatuto, Laclubar, Funar, Laleia e Caruhi (Cairui).
·  3º- Distrito – com a sede em Vemasse. Era formado pelos reinos de Vemasse, Fatumartó e Venilale.
·  4º Distrito, com a sede em Lautem. Reinos de Faturó, Sarau e Marufa.
·  5º Distrito, com a sede em Viqueque. Reinos: Bibiluto, Viqueque, Luca, Lacluta e Dilor e Bibico-Barique.
·  6º Distrito, com a sede em Alas. Reinos: Dotic, Alas, Maufahi, Raimean, Camanasa e Suai.
·  7º Distrito, com a sede em Bibiçusso. Reinos de Samoro, Bibiçusso e Claco, Foulau, Faturó, Turiscaen.
·  8º Distrito, com a sede em Cailaco. Reinos. Atsabe, Deribate, Leimean, Mauhubo, Cailaco.
·  9º Distrito, com a sede em Maubara. Reinos: Boibau, Hermera, Maubara, Liquiçá.
·  10.º Distrito, com a sede em Batuadé: Reinos: Cotubaba, Sanir, Balibó, Cova.

A 4 de Abril de 1863, foi publicada uma outra Portaria que incluía mais um distrito, o décimo primeiro.

Portanto, o 11º Distrito, com a sede em Oe-Cusse. Reinos de. Oe-Cusse e Ambeno.

Em 1883, Bento da França, secretário do Governo de Timor, organizou uma nova lista, denominando os distritos de Comando militares:

·  1º Comando militar de Okusi. Reinos: Ambeno e Noemuti.
·  2º Comando militar de Batugadé: Reinos: Balibó, Cova, Cutubaba, Sanir, Suay.
·  3º Comando militar de Maubara. Reinos: Atisasabo (Atsabe), Boibau, Cailaco, Diribate, Hemera (Ermera), Hubulo, Leimiam, Liquiçá, Mahubu, Marobo.
·  4º Comando militar de Dilly: Reinos: Caimau, Dailor, Failacor, hera, Lacló, Manumera, Montael.
·  5º Comando militar de Manatuto: Reinos: Baucau, Cairuhy (Cairui), Laclubar, Laicore, Laleia, Funar, Manatuto.
·  6º Comando militar de Vemasse. Reinos: Fatumartó, Faturó, Laga, Sarau, Veimasse, Venilale.
·  7º Comando militar de Viqueque. Reinos: Barique, Bibico, Bibiluto, Luca, Lalcuta, Viqueque.
·  8º Comando militar de Allas. Reinos: Alas, Bibiçusso, Dotic, Fohulau, Manufahi, Raimea, Tutuluro, Samoro, Turiscae.
Segundo Bento da França, a divisão administrativa foi alterada com o decreto de 1896.
Em 9108, fez-se uma nova divisão administrativa dos comandos militares.

Mais tarde, ao longo do século XX, esses comandos transformaram-se em Circunscrições Civis e em Concelhos.

Em 1976, os Concelhos da província de Timor passaram a denominar-se Kabupaten. E, depois da Independência, em 2002, voltou-se à antiga denominação de Distritos.

Porto, 27 de Outubro de 2010.
Dom Carlos Filipe Ximenes Belo
Exclusivo Forum Haksesuk

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Jantar no CREU-Porto



Ontem eu fui convidado por um amigo timorense Hélio Barros para jantar no CREU – Centro de Reflexão e Encontro Universitário do Porto. O jantar foi por iniciativa da Cláudia , uma jovem portuguesa que já foi trabalhar em Bazartete-Timor-Leste com as Irmãs Escravas do Sagrado Coração de Jesus. Ela fala muito bem a língua nacional de Timor, o tétum. Ela fala como se fosse uma jovem timorense normal. Ela domina muito bem a maneira e as expressões como uma jovem timorense costuma falar lá em Timor e mais, ela já sabe dançar como os timorenses costumam dançar. Naquela ocasião ela me pediu para dançar um pouco com ela. Para mim isso o que quer dizer? É simplesmente isso para mim, é sinal de profundo convívio e paixão pela cultura e povo timorense e ao mesmo tempo sinal da abertura dos povos onde ela estava rodeada. Ninguém pode dominar uma outra realidade sem ter vontade de integrar nessa realidade e vice-versa e se uma nova realidade não colabora e não aceita a nossa integração, ficamos sempre de fora. Deve ter esses dois lados para as coisas funcionam.
Mais do que isso fico contente porque eu fui jantar lá por convite do Hélio. Sinal de fraternidade e de amizade. Eu encontrei o Hélio no Centro Juvenil Padre António Viera (CJPAV) em Taibessi, Dili, Timor-Leste. Aliás quando eu ainda estava estudar na Residência Loyola em Taibessi houve uma construção do CJPAV e então automaticamente tenho ligação já com CJPAV e depois os jovens do bairro foram integrar e foi desde esse momento eles assumem um papel muito importante nas actividades do CJPAV. Fui aí eu começou conhecer mais jovens desse bairro. Eles são simpáticos.
O CJPAV ajuda-nos muito. Eu pessoalmente tenho proveito das actividades do CJPAV e acho que os jovens desse bairro também. Alguns já me disseram que com o CJPAV transformou a vida deles. Eu acredito que sim. Não só a mim, não só a eles mas todos os jovens que já foram participar nas actividades do CJPAV sentiram isso.  Além disso o CJPAV também está a ajudar os dos pequenos negócios em Timor-Leste e está a fazer actividades lúdicas e almoço para as crianças timorenses. O CJPAV também está a organizar mais outros cursos, formações e palestra etc,
Quando ontem eu fui ao CREU, eu encontrei também duas jovens irmãs que já foram para Timor, Joana Santos e Rita Santos. Elas são muito simpáticas. Eu fiquei admirado por saber que a Joana já está a fazer mestrado num curso da Universidade Católica. Fiquei admirado porque quando ela foi para Timor, ela ainda estava no secundário. Pois o tempo passa muito rápido. E eu? Eu ainda estou a começar estudar no curso de licenciatura. Pois a minha vida está a dar muitas voltas. Eu tenho muito bom amigo que já tirou mestrado em petróleo na Universidade Noruega. Eu e ele fomos educados na Companhia de Jesus mas quando ele saiu da companhia ele foi logo estudar em Austrália e depois foi continuar estudar em Noruega. Eu depois saio no ano seguinte. Alias a minha formação na Companhia de Jesus ficou parado. Eu já falei com Pe. Martins,SJ quando ele esteve em Fátima e ele me deu um contacto de um padre jesuíta aqui em Portugal para falar com ele.  Mas pronto ninguém sabe da vida e ninguém sabe do futuro. O que importante eu tenho que rezar sempre todos os dias para que Deus me guia sempre nesse caminho de vida.  Contudo o meu estudo está muito atrasado. E mais, os meus amigos jesuítas já acabaram os seus cursos de licenciatura em filosofia na Ateneo de Manila University – Filipina. E eu?
Eu não sei sobre a minha vida. Quando eu volto a ver a minha vida passada eu fico mesmo atrasado. Mais do que isso parece-me a mim que há uma mão invisível que está por detrás da minha vida. O atraso do meu estudo foi e é por interferência de um algo divino. Eu acredito nisso. Estou a fazer muitas vezes reflexões para ver melhor a minha vida passada. Há casos concretos que me levam acreditar nisso. Pois eu só posso acreditar e mais nada. Eu não posso provar e eu também não posso dizer que isso é uma verdadeira absoluta. Porque isso é uma reflexão minha, pessoal, e a fé. Acreditar só mais nada. Mas pronto seja como for eu acredito na existência de Deus. Deus é algo que eu não posso só acreditar pela razão. Não acreditar só. Porque as vezes nas algumas circunstâncias as razões podem-nos ajudar ver as coisas mais clara. Mesmo assim mais do que isso é a fé. A convivência com a fé na vida. Isso não significa que a vida deve ser vivida perfeitamente, como se um anjo estivesse a viver nesse mundo. Não. Somos seres humanos. Estamos a viver como um ser humano normal. Com aspectos positivos e negativos. Importante viver como um ser humano com dignidade.
Ontem eu fiquei contente. O jantar e o convívio foram muito bons. Gostei muito e aprendi muito. Aprendi muitas coisas. Aprendi que vale a pena fazer amizade, aprendi que o tempo passa rápido e devemos aproveitar bem o tempo que há para ser cada vez melhor e aprendi que nós devemos saber aproveitar a oportunidade que surge. Pois este último é uma parte que eu consegui tirar da homília do Padre Vasco Pinto Magalhães, SJ.
Quando voltei eu quase estava a perder o comboio. Eu fui levado para estação do comboio por Hélio, Rita e Natércia Francsico e foi Natércia que conduziu o seu carro até estação. Ela conduziu muito bem e chegamos mesmo a hora. Eu estou muito agradecido por Hélio, Natércia, Rita Santos, Cláudia e Joana Santos.
Valeu a pena o jantar ontem no CREU do Porto.
Por Hercus Santos

quinta-feira, 18 de novembro de 2010






Estou a participar num workshop de iniciação à fotografia que está a promover por CESIUM - da Escola da Engenharia da Informática da Universidade do Minho que já começou no dia 16 de Novembro de 2010. O workshop está divido em três sessões. Então ainda falta mais duas sessões. Este workshop é mesmo iniciação. Mas é muito importante para quem tem paixão pela arte na fotografia. É a primeira etapa, digamos. Eu pessoalmente gosto muito dessa workshop. Pelo menus para mim esta primeira sessão valeu a pena. Eu deveria ter participado este workshop como este antes. Mas pronto não é tarde de começar. É importante começar depois logo se vê. Estou a gostar desse workshop porque ajuda-me a perceber um pouco mais sobre fotografia.

O workshop está a abordar os temas como abertura, exposição, sensibilidade, regras de composição, o funcionamento de uma máquina fotográfica e uma sessão prática. No fundo está a tratar coisas básicas mas são fundamentais. E ainda por cima o custo não é muito caro para nós como estudantes estrangeiros.

No mundo é importante a formação intelectual mas de vez em quando importante também fazer realizar o "hobby" que consideramos útil para o desenvolvimento e a realização pessoal de cada ser humano.





Timor Leste - DIA 31 - Calendário de Oração




População: 1,084,971
Líder político: Presidente José Ramos Horta
Religiões: 99% cristãos, 1% islamismo.
Posição no rank de perseguição: não calculado
Número de grupos terroristas: não calculado
Ações de terrorismo: 10; Casualidades: 14
Percentual de corrupção: dados insuficientes para calcular
Percentual da população que vive na miséria: 42%
Fonte: win1040.org

Histórico

TIMOR LESTE - País insular asiático, localizado na ilha de Timor. Sua única fronteira terrestre é com a Indonésia, que ocupa a metade ocidental da ilha.  Bem antes da chegada dos portugueses à ilha, por volta do Século XV, chineses e árabes já comerciavam com os nativos, trocando machados, porcelanas, chumbo e diversos outros utensílios pelas madeiras nobres timorenses. A população do Timor se dividia em cinco estratos: os liuraris (chefes e soberanos), os datos (nobres e guerreiros), os ema-reios (plebeus livres), os atas (escravos) e os lutuns (pastores nômades).Os timorenses resistiram ao colonialismo, por meio de rebeliões e insurreições armadas em diversas ocasiões, todas reprimidas de forma brutal.

Em 1859, a ilha foi repartida entre Portugal e Holanda, com a parte leste cabendo aos portugueses, conforme acordo ratificado em 1904. Apesar da presença colonial, os nativos resistiram com sua cultura.
A madeiras nobres e preciosas, como o sândalo branco, foi dizimado nos primeiro anos da colonização, não sobrando nem um exemplar. Posteriormente, o café passou a ser a base da economia.
O chamado Timor Português se unificou e, aproveitando a Revolução dos Cravos, acontecida  em abril de 1974, pretendeu tornar-se independente, com a Frente de Libertação do Timor Leste Independente (Fretilin). Entretanto, apesar de prometer conceder a libertação aos timorenses, os portugueses criaram a União Democrática do Timor (UDT), para manter o status de colônia, em federação com Portugal. Ao mesmo tempo, a Indonésia estimulou a criação da Associação Popular Democrática do Timor (Apodeti), que pregava a integração do país à Indonésia. O choque de interesses acarretou em conflito aramado entre os partidários das três correntes. A administração lusitana deixou o país e a Fretilin proclamou a independência em 28 de novembro de 1975, criando a República Democrática do Timor Leste, que não foi reconhecida por Lisboa.

Em dezembro daquele ano, a Indonésia invadiu o país e, no ano seguinte, uma Assembléia do Povo, integrada por membros da UDT e da Apodeti aprovou a incorporação do país à Indonésia. Tal anexação, entretanto, não foi reconhecida pela ONU, que deu a Portugal os direitos de colonização do Timor Leste. O conflito armado persistiu entre a Fretilin e o exército indonésio, reforçado pelos ativistas da Apodeti. Em 1982, a ONU aprovou resolução exigindo a retirada das tropas indonésias do país. No ano seguinte, Xanana Gusmão, comandante da Fretilin, assinou junto com o chefe das forças indonésias um acordo pelo fim das hostilidades, mas o presidente Suharto da Indonésia não reconheceu o tratado. O conflito prosseguiu.

Em 1988, a Fretilin e a UDT se juntaram criando a Convergência Nacionalista. Em 1989, a ONU aprovou moção de repúdio à ocupação indonésia do Timor Leste. Neste ano, o papa João Paulo II esteve na ilha, o que deu repercussão à luta dos timorenses. A repressão indonésia foi brutal, inclusive esterilizando mulheres compulsoriamente, proibindo o ensino da língua local, o tetum. Foram descobertas covas coletivas em vários pontos do país, indicando que foram feitas execuções em massa.
Em 1996, representantes dos governos português e indonésio se reuniram para resolver o problema do Timor Leste. Em 1999, a Indonésia admitiu a realização de um referendo para definir se a população optaria pela independência ou pela continuidade da anexação. O povo foi maciçamente às urnas e quase 80% optou pela independência. Com o resultado, o exército indonésio começou nova onde de terror, assassinando mais de 20 mil civis, saqueando e praticamente destruindo a capital Dili. Depois de muitas pressões internacionais, a Indonésia aceitou tropas da ONU para manter a ordem no Timor Leste. O Brasil foi um dos países que enviaram soldados para lá. Finalmente, em 20 de maio de 2002 a independência do país foi reconhecida internacionalmente, o que faz do Timor Leste um dos países mais jovens da atualidade. O país é governado pelo presidente Xanana Gusmão e pelo primeiro-ministro Ramos Horta.

Fonte IBGE

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Publicitário do SAPO para Timor-Leste

Trabalhar no SAPO


Hoje é o primeiro dia do meu trabalho no Sapo. O meu trabalho é fazer correcção dos textos que estão escritos em tétum.
Tétum é uma das línguas ofiaciais de Timor-Leste. É uma língua que acabou de ter a sua ortografia depois da indepenência. A ortografia do tétum é criada pelo Instittuto Nacional de Linguística (INL) da Universidade Nacional de Timor Lorosa'e. Um instituto reconhecido legalmente pelo estado para fazer pesquisas e estudos das línguas locais e melhorar o tétum.
Eu estudei a ortografia do tétum na Universidade Nacional de Timor Lorosa'e. O meu professor era Professor João Paulo Esprança. Ele é uma pessoa indicada para ensinar tétum e fazer tradução e correcção tétum-português ou vice-versa. Ele tem muito boa relação com toda a gente. Ele tem muita curiosidade em saber coisas novas da cultura, arte-marcial, etc.

Eu sinto-me contente por estar cá a trabalhar. Por isso estou a agradecer também a Mana Cris Carrascalão pela ajuda. Porque foi ela que deu o meu contacto para o SAPO, para Sra. Joana Alarcão. Eu conheci Mana Cris quando eu estava a trabalhar para Jornal Liafoun com Professor João Paulo com mais outras amigas. Este jornal é um jornal bilingue Tetum-Português e escreveu coisas em tetum com tetum padrão seguindo a ortografia do INL. Pois porque tem também outro instituto que está a desenvolver o tétum da outra maneira. Eles têm um outro ponto de vista sobre como desenvolver melhor o tétum. Mas o estado reconhece o tétum da INL.



Este pequeno texto foi escrito para fazer um teste neste blog. It is just for test.
Foi escrito no dia 23 de Agosto de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

quinta-feira, 30 de setembro de 2010


Sou um homem simples de Timor-Leste. Tenho coisas positiva e menos positiva. Tenho capacidade e fraquesa. Sou de uma família simples do interior de Timor chama-se Laklubar-Funar mas eu nasci em Dili. Comecei estudar no ensino básico em Dili. Depois fui continuar e acabar em Laklubar o ensino básico e pre-secundário. Desci de novo para Dili para entrar estudar no Seminário de Balide. Eu tinha uma intenção de ser padre naquela altura. Estudar no seminario e ao mesmo tempo estudar no colégio de São José, o único colégio dos jesuitas no país. Deixei o seminário e continuando só estudar no colégio. Depois de acabar o colégio eu fui entrar na Companhia de Jesus. Eu era preperado para ir ao nociado em Singapura. Os documentos necessários foram já tratados. Alguns estavam no processo, incluindo o meu BI de Portugal. Tudo já estava preparado para eu ir mais a frente entrar no noviciado da Companhia de Jesus em Singapura. Mas infelizmente eu não ia entra no noviciado por causa de eu ter ficado doente e faltou-me o ánimo para dar mais um passo a frente nesse processo de formação religiosa. O Padre Martins disse a mim que todos os padres que deram entrevista a nós os seminaristas tomaram uma só conclusão ao meu respeito que eu não tinha ánimo de ir mais a frente entrar no noviciado. Uma coisa muito estranho para o Padre Martins. Ele estava a espera que eu devia entrar no noviciado. Mas infelizmente eu tinha ánimo porque eu estava doente e tinha muitos problemas da família. O Padre Martins era nosso provicial local e ao mesmo tempo o nosso director esperitual. Um padre que defendeu e sofreu muito pela independência de Timor-Leste e também o Padre João Felguieras. No tempo da indonésia eles os dois continuam manter ensinar o portguês no externato de São José. Eles os dois foram e são símbolo da presença do povo irmão portugal em Timor naquela altura. Eu lembrei-me quando o padre Fulgueiras ensinou-nos portugues, ele tentou para nós soubermos pronunciar bem as palavras portuguesas. Mas infelizmente eu não fui continuar a minha formação na Companhia de Jesus. O Padre Martins como o nosso provicial pediu-me para estudar na Universidade. Eu como naquela altura gostava muito do direito, eu fui candidatar-me na Universidade de Dili. Eu fui aceite. Mas o Padre Martins não quis que eu ei estudar nessa universidade privada que usava e usa só a língua indonésia como língua de ensino. Ele quis que eu ia estudar na Universidade Nacional de Timor Lorosae mas tirar um curso naqual a língua de ensino é a língua portuguesa. Então como eu só gostei coisas de direito, literatura, antropologia, sociologia, então o Padre Martins pediu-me para estudar língua portuguesa para esperar quando a Universidade Católica ia fundar, eu ia estudar direito nessa universidade. Naquela altura o Padre Jacob, um padre jesuita timorense, estava com essa responsabilidade de procurar todos os meios para abrir a Universidade Católica em Timor-Leste. Então eu fui estudar Língua Portuguesa na Universidade Nacional de Timor Lorosae em 2003. Qaundo eu já estava para acabar o curso então é que o Governo de Portugal abriu o Curso de Direito na Universidade Nacional de Timor Lorosae. Eu já estava no meio do meu curso de Língua Portuguesa então o Padre Martins quis que eu tinha que acabar o curso. Só depois de acabar o meu curso de Língua Portuguesa em 2007 é que eu fui continuar estudar direito na Universidade Nacional de Timor-Leste. Mas depois eu tinha um bom trabalho então deixei o estudar e eu fui trabalhar como Project Officer da Companhia de Martifer em Timor-Leste. Uma companhia de Portugal. Depois quando eu ganhei bolsa para estudar cá em Portugal eu deixei todo o trabalho e vim cá estudar. Em Timor-Leste eu trabalhava e tinha muitos contactos com os portugueses. Eu era e sou amigo de Portugal. Eu tenho boas relações com os religiosos da igreja católica sobre tudo da Companhia de Jesus, dos Leigos para o Desenvolvimento, dos Irmãos de São João de Deus, alguns dos jornalistas portugueses, dos professores de Ínstituto Camões e Centro de Língua Portuguesa em Timor-Leste, dos alguns empresários portugueses. Alguns portugueses que estavam e estão a trabalhar na Embaixada de Portugal conheciam e conhecem-me muito bem. A minha cara não é estranha dentro da Embaixada de Portugal. Os timorenses que estavam e estão lá trabalhar também conheciam e conhecem-me muito bem.
Eu estou continuar manter boa relação com esses portugueses de bom coração. Aqui em Portugal eu já fui visitar a casa dos alguns amigos portugueses. Eu estou muito contente porque eu sou muito bem recebido pelos amigos portugueses.  Eles estão me ajudar muito e muito. O meus sucesso do estudo conta também com apoio deles. Obrigado por todos amigos e pessoas conhecidas de Portugal que já me ajudaram. Obrigado á todos! Hercus Pereira dos Santos

sábado, 21 de agosto de 2010

I am alone here


I am alone here
The sky has no messages for me
I am waiting for nothing
No one cares of me
Over here i am walking alone
The universe is silence
The ocean is so wide and deep
My heart is so sorrow
Because of being far from you my beatifull land of East Timor.

I wanna cry to the sky
But it has no voice for me
I wanna look for something good for my life
But it seems that life itself is far from me.

I am sitting here in this place
Looking thorough the sky and the ocean
While my imagination is flying back to the moment
That I lived with those who I love in my life.


Oh, the sky and the ocean
I am alone here
Missing my land of crocodile!

- The poem is written by Hercus Santos
In Braga, 22-08-2010

- Photo was taken by me in Lisbon, 14-07-2009



Pombo branco
pombo da minha vida
és minha esperança
e meu caminho.

Pombo branco
pombo ideal meu
és tudo que quero
nesta vida.

Pombo branco porque estás em silêncio?
porque não me dizes nada?
serás que ainda me esperas?
ou tu já estás voar longe de mim?



Pombo branco
pombo do coração
se queres voar longe de mim
é a tua liberdade
porque eu vou te apoiar nessa tua vontade.

Vais voar! estou te a pedir
porque eu vou te deixar
e não vou te sonhar mais
pombo branco
pombo da minha vida.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010



As escadas ligam algo em baixo e algo em cima.
Por isso quando estamos em cima não nos podemos pensar que isso vai manter para sempre e quando estamos em baixo também nós não podemos pensar do mesmo modo. Porque as escadas são construídas para ligar duas coisas. Como no mundo ninguém está sempre em cima e ninguém está sempre em baixo. Porque se estamos em baixo, precisamos pensar que um dia vamos estar em cima. O que é preciso é acção. Mexer-se! Se estamos em cima, precisamos pensar que não vale a pena ser arrogantes porque um dia o tempo muda e as coisas mudam podemos cair depois.

Estamos a viver no mundo como nós andássemos pelas escadas.
Algumas vezes é para subir e outras vezes é para descer. 




Ohin ha’u lahatene atu halo saída.
Ohin hanesan baibain,
Hanesan horisehik no karik sei hanesan aban
Moris ne’e la’o no halai
Hanesan balada ne’ebé maka hamrook
Halai buka bee-matan iha foho tutun sira-ne’ebá
Ha’u iha moris ida-ne’e buka ksolok ida-ne’ebé maka lori ha’u isin no klamar hakmatek
No ohin ha’u la’o buka hela moris ida hanesan ne’e iha ema nia rain
Maibé susar tebes tanba iha ema nia rain ha’u hanesan ema fuik
La iha maluk, la iha belun, la iha ema ruma ne’ebé maka ha’u bele tau fiar
Lori hakat liu susar oioin ne’ebé maka mosu iha rai liur ne’e.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Eu estava a treinar Brazilian Jiujutsu (Cleber Jiujutsu do Porto), ainda falta muitos outros alunos que não estão na fotografia. Foto em Timor

Aikido em Timor-Leste

http://www.nippon-kan.org/senseis_articles/08/east_timor_travel_log/east-timor_travel_log.html

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Estou a pensar sobre possibilidades em mudar curso de direito para o curso de antropologia.  Então porque é que estou a pensar a mudar do curso? 




Eu vou responder de uma forma livre. Não por nenhuma ordem alfabética, cronológica nem por causa da importância. Mas estou a responder conforme as coisas surgem automaticamente na minha cabeça.




Pronto, estou a pensar a mudar o curso de direito para o curso de antropologia porque eu já não passei o ano no curso de direito. Significa que para tirar o curso de direito eu preciso ficar estudar durante cinco anos. Mas mesmo assim  eu ainda não tenho certeza se eu vou passar sempre as cadeiras durante próximo cinco anos. Eu gosto muito do direito mas eu não tenho nenhuma base nessa área. Todo é novo para mim. Por isso se falhar mais uma vez então eu perco logo a bolsa do governo timorense.

Agora porque é que estou a pensar estudar antropologia. Porque em vez de eu estar a tirar um licenciatura seria melhor faço um mestrado. Ainda por cima, eu tenho conhecimento prévio nessa área quando eu estava a estudar num colégio dos jesuítas em Balide-Dili. Aliás naquela altura eu tive sempre boas notas nessa área. O meu professor era Professor Romeu que actualmente exerce cargo como chefe bancada do CNRT no Parlamento Nacional de Timor-Leste. Eu não tenho nenhuma dúvida para dizer que eu era bom aluno nessa área. Mais do que eu era o aluno mais confiante daquele professor. Além disso se eu fazer mestrado em antropologia, eu posso escrever coisas sobre cultura de Timor. Eu tenho contactos com os anciões da minha terra, os lia-nain, os dato, os liurai, as pessoas sábios da minha terra que no fundo eles todos são os meus familiares que eu tenho respeito deles e eles também têm respeito por mim e eu falo sempre com eles no meu tempo livre. Por isso eu conheço muitas histórias, culturas e costumes dentro da minha comunidade. Então isso será vantajoso no meu processo de elaboração da tese.

Eu sei que se um timorense conseguir tirar curso de direito cá em Portugal, ele vai ter uma boa vida no futuro em Timor, ou seja ele vai ganhar bem. Mas estou eu a pensar mais profundo, o que significa ganhar bem? Qual é o mais importante na vida ganhar bem ou viver feliz? Pois afinal na vida é importante viver feliz na vida. A riqueza não garante nada para uma pessoa possa viver feliz e até a riqueza possa levar uma pessoa viver mal na vida. O que é que garante para uma pessoa viver feliz na vida é fazer aquilo que ela gosta mais na vida; ajudar a sociedade onde ela está integrada; auto-realização; fazer algo que traz auto-satisfação, ajuda auto-estima; algo que ajuda ela evoluir fisicamente e psicologicamente.


















Para mim todos os cursos têm a sua relevância numa sociedade. Por isso se eu puder fazer mestrado em antropologia seria melhor porque eu também gosto das coisas de cultura; gosto da antropologia; eu posso estar cá em Portugal só durante dois anos; eu posso ir ao Timor depois de um ano do estudo. Eu posso escrever coisas sobre a minha cultura porque a minha comunidade é muito rica da cultura; tem muitas coisas para pesquisar e para escrever e para relatar; eu posso ajudar pessoas que têm interesse em fazer pesquisa na área de antropologia em Timor. Pois eu já ajudei explicar coisas da minha cultura para algumas pessoas que foram lá a fazer pesquisa. Eu já ajudei muitas outras pessoas que escrevem coisas sobre Timor. Além disso eu posso ensinar na Universidade Nacional de Timor Lorosae. Eu não tenho nenhuma dúvida para dizer isso. Porque Universidade Nacional de Timor Lorosae precisa professores nessa área.  Eu tenho muita certeza que com mestrado em antropologia eu posso ter futuro em Timor-Leste. Por isso se eu puder fazer mestrado em antropologia seria melhor. 

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Hoje a tarde eu fui a missa na Catedral Sé de Braga. Eu fui lá sem ter intenção de participar na eucaristia. Eu só queria ir lá para rezar e aproveitar sair da residência. Porque eu estou sempre a ficar na residência e hoje eu já não consegui aguentar mais e então eu dicidi para sair andar um pouco a volta do centro de Braga. Eu fui dar uma vista aos olhos na avenida central de Braga e encontrei muita gente. Encontrei muitos estrangeiros de fora. Eu reconheci os espanhois, alemães, franceses, ingleses, japoneses e africanos. Quando cheguei na Catedral, estavam algumas pessoas a rezar. Depois de algum momento chegou uma senhora a dirigir rezar o terço. Eu aproveitei também para rezar o terço. As vezes eu rezo o terço dentro do meu quarto mas eu rezo um pouco diferente do custome. Eu simplesmente rezo so ave-maria até o fim e hoje eu rezei como o normal. Então depois de rezar o terço um padre veio rezar a missa. É bom seguir a missa. Porque ontem eu não tinha ido participar a missa na igreja São Andrião. Na missa houve só pessoas idosos. Eu era o único rapaz e mais uma menina esponhola julgo eu. Pelos vistos eu acho que era espanhola mas eu não tenho certeza. Mas eu só vi a menina só no momento da comunhão. Eu fiquei suprendido quando vi derrepente ela já estava atrás de mim ir comungar. Desde eu cheguei não a vi. Senti-me estranho.

Eu fui comungar e voltei a rezar. Eu fiz uma oração simplés só. Eu pedi Senhor Jesus Cristo na hóstia sagrada para ajudar-me saber falar e calar no momento certo. Só isso o meu pedido, mais nada. Porque há muitas palavras desnecessárias que sairam na minha boca e eu muitas vezes não sei estar calado. Então eu preciso de fazer uma mudança da minha vida. Por isso desde logo eu peço para o Senhor me ajude saber falar e calar. Depois da missa eu voltei para residência. Eu senti-me alegria apesar de eu estar cansado porque eu fui e depois voltei só a pé.  Hoje o meu corpo está cansado mas a minha alma está com alegria e paz.


NB: A foto retirada do google (Catedral Sé de Braga)

Ohin ha'u hakarak sai
Lao ba fatin ruma, importante maka ha'u sai husi  ne'e
Ha'u lakoi hela de'it iha rezidénsia nia laran ne'ebé maka badin loos
Ha'u presiza sai hola netik ar foun ruma iha dalan-dalan sira ne'ebá
Ha'u presiza hola netik inspirasaun ruma husi natureza nia kmo'ok
Tanba ha'u presiza hanoin foun
Ha'u presiza hakat foun
Ha'u presiza define hikas ha'u-nia moris
Ha'u presiza buka atu hatene loos ha'u-nia hakarak ne'e saida loos iha moris ida-ne'e
Ha'u hatene katak agora daudaun ha'u iha-ne'e
Ha'u iha Portugal maibé ha'u iha-ne'e lori halo saida loos?
Ha'u iha-ne'e tanbasá?
Ha'u iha-ne'e to'o bainhira?
Bainhira ha'u fila husi-ne'e ha'u sei lori buat ruma ne'ebé maka ha'u hakarak ka lae?
Ou katak ha'u sei hetan duni buat ruma di'ak ba ha'u-nia moris, ba ha'u-nia familia no ba ema seluk?
Depois bainhira ha'u iha-ne'e atu bá ne'ebé?
Ha'u iha pergunta barak tebes ne'ebé mosu iha ha'u-nia hanoin
Ha'u iha laran tauk lori haree ba futuru
Ou sekarik ha'u halo pergunta badak ida ha'u sei halo hanesan ho pergunta ema filósofu sira halo beibeik ona.
Pergunta hanesan iha moris ne'e ha'u mai husi ne'ebé, ha'u halo saida no ha'u ba ne'ebé?
Pergunta hirak ne'e difisil atu hatan, difisil atu fó resposta ida-ne'ebé maka bele halo ha'u-nia laran satisfeitu Maibé tuir loloos pergunta hirak ne'e maka ha'u presiza atu hatan. Agora hatan oinsá? ida-ne'e maka ha'u presiza atu buka hatene. Tanba ne'e buat ne'ebé maka ha'u presiza atu halo ohin loron nian maka reza, reflete, tetu buat hotu-hotu lori foti desizaun ida, lori foti dalan ida. Desizaun ou dalan ida-ne'ebé maka bele lori ksolok mai ha'u nia isin no klamar. Ha'u presiza hatene diadi'ak saida loos maka ha'u tenki halo agora tanba ne'e maka ha'u presiza hatene ha'u ne'e sé? Atu hatene ha'u ne'e sé maka ha'u presiza hatene ha'u ne'e mai husi ne'ebé ou katak hatene ha'u-nia passadu. Bainhira hatene ha'u-nia passadu maka ha'u bele hatene ha'u ne'e sé? Ho hatene ona ha'u ne'e sé? maka ha'u bele hatene ona define moris ohin loron nian no se ha'u konsege difine moris ohin loron nian entaun ha'u mos sei konsege define moris aban bainrua nian.

A foto retirada de http://malucoporjesus.wordpress.com/

domingo, 15 de agosto de 2010

Pátria - Xanana Gusmão

Pátria é, pois, o sol que deu o ser

Drama, poema, tempo e o espaço,

Das gerações que passam, forte laço

E as verdades que estamos a viver.

Pátria... é sepultura... é sofrer

De quem marca, co’a vida, um novo passo.

Ao povo, uma Pátria é, num traço simples...

Independência até morrer!

Do trabalho o berço, paz, tormento,

Pátria é a vida, orgulho, a aliança

Da alegria, do amor, do sentimento.

Pátria... é tradição, passado e herança!

O som da bala é... Pátria de momento!

Pátria é do futuro a esperança!

Pátria ... é do futuro a esperança !

Tirado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_de_Timor-Leste

Portuguese in East Timor...

Friday 24/3/2000


Summary:



Like all of Melanesia, Timor is an island of many languages. Tetum is the principal indigenous language of East Timor, and in particular, Tetum Praca, the creolised form of the language that evolved as the lingua franca for the Portuguese colonisers and the indigenous population over nearlyfour centuries.



In 1974,when the Portuguese decided to withdraw from East Timor, the Fretilin independence movement had already formulated its language policy: Portuguese was to be retained as the official language. Instead, the Indonesian invasion in 1975 brought Bahasa Indenosia, the language of Indonesia, a standardised variety of Malay, in which a whole generation of East Timorese was schooled.



Now East Timor's National Council of Timorese Resistance has decided to reinstate Portuguese as the official language.



Dr Geoffrey Hull is Director of the Linguistic Survey of East Timor at the University of Western Sydney. His Standard Tetum-English Dictionary was published last year by Allen & Unwin. He explains why Portuguese is the right choice for East Timor.



Details or Transcript:



Song: O Hele Lei



Jill Kitson: East Timorese refugees at the Puckapunyal Safe Haven in Victoria last year, singing a song of freedom in their mother tongue, Tetum.



Welcome to Lingua France. I'm Jill Kitson.



This week: independent East Timor's official language. Dr Geoffrey Hull on why Portuguese is the right choice.



Like all of Melanesia, Timor is an island of many languages. Fifteen indigenous languages are spoken in East Timor; three others are unique to West Timor. Four of East Timor's vernaculars were introduced from north-western Papua over 4,000 years ago. The other eleven belong to the Austronesian family and so are related to Malay and most of the languages of Indonesia, the Philippines and the Pacific. Tetum has long been the principal indigenous language of East Timor.



Early in the 16th century, Portuguese traders brought their language to East Timor. By 1642, the whole island was under Portuguese control. In 1651, the Dutch took over the Western half of the island. In East Timor, the Portuguese appointed a resident governor in 1703, and made Dili the colonial capital in 1769. The lingua franca for the colonisers and the indigenous population was Tetum, which absorbed many elements of Portuguese. The creolised form of the language that evolved was given the name Tetum Praca; praca is Portuguese for marketplace.



When the Portuguese eventually decided to withdraw from East Timor, in 1974, the Fretilin independence movement had already formulated its language policy: Portuguese was to be retained as the official language. Instead, the Indonesian invasion in 1975 brought Bahasa Indonesia, the language of Indonesia, a standardised variety of Malay. Indonesian was taught in schools. A whole generation of Timorese grew up without learning Portuguese. Yet, with independence, East Timor's National Council of Timorese Resistance has decided to reinstate Portuguese as the official language.



Geoffrey Hull is Director of the Linguistic Survey of East Timor at the University of Western Sydney. His Standard Tetum-English Dictionary was published last year. Here he is to answer the question: why Portuguese in East Timor?



Geoffrey Hull: When East Timor was under Indonesian occupation, Jakarta's imposition of Bahasa Indonesia as the official language of the so-called 27th Province seemed to many outsiders a sin against justice, though probably not a sin against nature or again commonsense. Indonesian was, after all, related to most of the territory's languages. Many foreigners even supposed that Tetum, the most widely spoken vernacular, was so closely akin to Indonesian that the two languages must be mutually intelligible. In any case, since East Timor was part of a wider region where Indonesian was the lingua franca, its imposition in the former Portuguese territory could hardly be faulted on practical grounds.



But when the Conselho Nacional da Resistencia Timorense or CNRT announced recently that the official language of independent East Timor will be Portuguese, there was a range of negative reactions in Australia, from puzzlement and incomprehension to irritation and scorn. East Timor has its own lingua franca, Tetum; why was this language not declared the official one? What was wrong with keeping official Indonesian, the language of the region and the one in which a whole generation of East Timorese had been educated? Why not indeed adopt English as the official language, given the proximity of Australia and the Australian role in the liberation and reconstruction of the nation, not to mention the enormous usefulness of English as the international language?



And of all the languages to declare official, why Portuguese? Yes, East Timor was a Portuguese territory before 1975 but wasn't Portuguese merely an imposed European language, spoken by white administrators, missionaries and a minority of the indigenous population? And after 24 years of Indonesian domination, surely Portuguese had been largely forgotten. Its sudden revival seemed not only anachronistic but foolishly impractical. So why on earth have Portuguese as the official language of East Timor?



Why indeed. The truth is that those in Australia or elsewhere who question the propriety and wisdom of the CNRT's decision, display a profound ignorance of East Timorese ethnology and culture. If we are to be good and respectful neighbours to East Timor, it's time for a bit of re-education.



Let's look at a few facts. First of all, Portuguese is not an insignificant language. It's the world's sixth biggest language in terms of numbers of speakers, being more widely used than French, German and Russian. Second, official Portuguese is hardly going to be an economic liability for East Timor when the country is planning to live largely off tourism. East Timor's Latinate architecture and way of life will enable it to be promoted as a little piece of the Mediterranean off the north-west coast of Australia. People who speak Portuguese can easily be taught Spanish, Italian and French, all important languages in international tourism. In tourist economies, knowledge of languages means employability and earning capacity.



Third, the Portuguese language is far from moribund in East Timor. That a quarter of the population can still speak it with some degree of fluency is something of a miracle, given the savage persecution of the language by the Indonesians for 24 years. Since Tetum and the other vernaculars are full of Portuguese words, sounds and structures, much of the Portuguese language is immediately comprehensible to Timorese who can't speak it. Portuguese is implicit in the vernaculars of East Timor. Given the right social circumstances, it doesn't take much to activate a language one already understands in part or full.



But we also need to see the Portuguese language in its Timorese context. One of the first facts that strikes the ethnologist or the linguist studying East Timor is that the Portuguese influence is so profound that it's now impossible to separate indigenous elements in the culture from European ones. In East Timor we are dealing with a hybrid culture, a creole society born of 400 years blending of blood, speech and customs. The Indonesians could never understand why East Timor rejected integration so stubbornly, why all their material improvements were received with indifference and ingratitude. This is because the colonial experiences of the Indonesians and the East Timorese were radically different.



The Indonesians had experienced Dutch integrationism. The Dutch, like the British, exploited their colonies economically but left the local languages, cultures and religions largely in place. In the East Indies the Dutch made little effort to spread their own language. Instead they learned Malay themselves and encouraged its use as a lingua franca. But the Portuguese, like their fellow Latins, the Spanish and the French, were avid assimilationists. Their aim was to convert their colonial subjects to the Catholic faith and to Portuguese language and culture. And in this objective they were quite successful, and not least through their policy of promoting intermarriage between the two races, something alien to Dutch apartheid.



Indonesia's attempt to integrate the East Timorese failed quite simply because this people had already been integrated into, and partly assimilated to, Portuguese civilisation, Jakarta's army did not invade a Portuguese 'colony' but an overseas province of Portugal. However backward the place may have been in material terms, East Timor was officially considered an integral part of Portugal, as integral as Lisbon or Coimbra, and Portuguese schoolchildren were taught that Tatamailau, south of Dili, was 'the highest mountain in Portugal.' Portugal's approach was to embrace the Timorese as fellow Portuguese.



This is not to gloss over the shortcomings of the Salazar-Caetano and earlier colonial regimes in East Timor. But if even the less Lusified Timorese preferred Portuguese to Indonesian rule, it was because Portuguese rule was generally minimalistic and laissez-faire. The governors ruled through local kings and chieftains whose ancestors had long since been honoured with baptism and Portuguese aristocratic titles. The Portuguese spread their religion and culture in East Timor, but traditional society carried on largely undisturbed. Portuguese rule in Timor was not sullied by massacres, arbitrary arrest and torture, the destruction of rural cultures, coerced conversions to a new religion, forced resettlement of populations, and plantations of privileged colonists. Indonesian rule was guilty of all this. Its most positive contribution was a material infrastructure which its Army spitefully destroyed when it was forced to withdraw last September.



Part of this infrastructure was an education system which allowed only Indonesian as the medium of instruction, and taught the alien history of Indonesia while totally neglecting East Timorese history and culture. The same Indonesian education that encouraged contempt for everything Portuguese still plays on the minds of certain Timorese youth, who, insecure in their own culture, are easily manipulated by irresponsible foreigners trying to promote English as the official language. A generation deprived of the unversalistic culture formerly taught in Portuguese schools and nurtured on Javanese materialism and narrow state ideology is hardly equipped to make mature value judgements about language. The Timorese civil and Church leaderships are acutely aware of this problem, and are now appealing to Portugal and Brazil for support in restoring Portuguese in the schools.



One great fear of the Timorese leadership is that their country will be gradually anglicised as the Philippines were after the Americans dislodged the Spaniards. Aware that their culture is Latinate, they are determined not to see East Timor turned into a cultural satellite of Australia, like Papua-New Guinea. They are well aware that English is a notorious killer, that Anglophone culture in Australia killed off hundreds of Aboriginal languages in less than 200 years, whereas after four centuries of Lusophone hegemony not one native dialect of East Timor has been lost.



It is this fear of invasive English that explains why, contrary to general expectations, the CNRT has not yet declared Tetum co-official with Portuguese. The Tetum language now has a standardised grammar and spelling. Its vocabulary has been expanded for modern use, and there is a growing literature in it. It could certainly fulfil the role of an official language for domestic purposes. The problem is, however, that the CNRT has before it

the example of countries like the Philippines and Malta. These were anglicised precisely by the American and British governments promoting the local vernaculars to co-official status and abolishing the old established languages, Spanish and Italian respectively. Whereas Tagalog had happily coexisted with Spanish, and Maltese was in a compatible partnership with Italian, neither Tagalog nor Maltese could compete with co-official English, the vehicle of an alien culture. Today the real language of education and higher culture in both the Philippines and Malta is English.



The Timorese leadership are anxious to avoid this fate for their country, and it would appear that their plan is to promote Tetum to co-official status only after Portuguese has been safely restored. Formerly official Indonesian, because of its negative associations, is being gradually phased out of local education and public life. However, for obvious geographical reasons, Indonesian, or Malay, as the CNRT have not incorrectly rechristened it, will always retain a presence in East Timor as a second language. There can similarly be no question that English will have a large presence in East Timor as a regional and international language. However it will not have any official status, since it has no authentic role in the national culture. Indonesian and English will be taught as foreign languages in the secondary schools of the future, and the main languages of the new National University of Timor will be Portuguese and English.



According to current plans, primary education will be through the medium of Portuguese. However, one does wonder how successful this will be, given that most school-age children and illiterate adults are not fluent in the language. It would seem sounder pedagogically to teach literacy through Tetum and the other 14 languages, with students learning Portuguese after learning to read and write their mother tongues. The question of language in education is certain to be a controversial one in East Timor over the coming years. A vernacular literacy program is possible but will need a great deal of planning and funding, given the large number of languages and dialects.



Jill Kitson: Geoffrey Hull. His Standard Tetum-English Dictionary is published by Allen & Unwin. And that's all for this edition of Lingua Franca.
 
It is taken from http://www.abc.net.au/rn/arts/ling/stories/s113139.htm